Em 2019 o FIMP celebra três décadas de atividade continuada na divulgação da marioneta nas suas múltiplas tradições, nas manifestações da contemporaneidade e nas suas inúmeras hibridações com as outras artes.
Este festival é, talvez como todos os outros, também uma festa e, nesta edição, uma festa de aniversário. Nesta festa não há um único aniversariante – há alguns milhares. Artistas portugueses e vindos de todo o mundo, técnicos, produtores, parceiros institucionais, amigos e, claro, espetadores que em qualquer momento estiveram implicados neste festival – estamos todos de parabéns! Fazer existir uma organização como esta ao longo de trinta anos requer trabalho, dedicação, cuidado, empenho, interesse, sensibilidade, solidariedade, cumplicidade, desejo e vontade... e meios.
Neste aniversário o melhor presente que o FIMP pode ter é a companhia daqueles que gostam de se deixar surpreender pelas propostas artísticas que temos para mostrar.
Nesta edição trazemos um conjunto muito especial de artistas com estéticas muito distintas. Da mais virtuosa manipulação de marionetas às experiências de criação de dispositivos que envolvem os objetos e a imagem em movimento, passando pelo património tradicional português, são muitas e boas as razões para vir viver este festival que, não sendo novo nem velho, pode ter ainda muito futuro.
O programa desta edição é percorrido por uma série de problemáticas que respiram o ‘ar dos tempos’ em que as grandes questões coletivas da humanidade e do planeta acabam sempre por produzir um efeito na construção da subjetividade, quer sejamos mais ou menos atentos ou preocupados. A marioneta, a matéria animada (nas suas múltiplas possibilidades e desdobramentos), como sempre é boa conselheira, com a sua leveza e a sua irreverência, tranquiliza os mais inquietos e inquieta os mais comodistas – afinal de contas, tem a autoridade moral de um objeto num mundo de objetos. No meio de tudo isto ainda conseguimos sorrir, até mesmo dar uma boa gargalhada.
O FIMP tem sido possível, ano após ano, como já referimos, com o contributo de muitas pessoas e organizações. Contamos com o apoio estruturante do Teatro Municipal do Porto que acolhe e coproduz uma grande parte do programa, com o Teatro Nacional São João, importante parceiro na programação nacional e internacional. Contamos também com o Palácio do Bolhão, casa do Teatro do Bolhão, o Teatro Helena Sá e Costa, o espaço Mira e o Teatro de Ferro que acolhem o FIMP e o seu público. As escolas artísticas do Porto continuam próximas do festival, divulgando o programa junto da comunidade escolar e envolvendo os seus alunos diretamente no festival. Este ano o Balleteatro Escola Profissional comemora também o seu trigésimo aniversário e terá uma participação especial nesta edição. Para todas as instituições parceiras e para as mulheres e homens que as animam, o nosso sincero agradecimento.
Queremos ainda referir a relevância do papel da Câmara Municipal do Porto que tem apoiado este festival desde a primeira edição, dirigido então por Isabel Alves Costa. O programa que este ano apresentamos, assim como o de 2018, só foram possíveis graças ao reforço extraordinário do apoio que a C.M.P prontamente decidiu atribuir ao FIMP quando este se viu excluído dos apoios da Direcção-Geral das Artes. Reafirmamos aqui o nosso agradecimento pela confiança depositada neste projeto, que entretanto (nestes últimos trinta anos) se tornou parte da identidade cultural da nossa cidade.
E agora, vamos ao FIMP’19!
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